O Núcleo de Apoio Psicopedagógico (NAP) do Univag - Centro Universitário de Várzea está promovendo os Encontros Interdisciplinares e Olhares Acadêmicos para a Dislexia no campus da instituição. O evento é voltado aos diretores, coordenadores e professores do Univag com o intuito de capacitar quanto ao desafio da inclusão dos alunos com transtorno de dislexia.
A roda de conversa teve início no dia 10 de novembro, depois no dia 01 de dezembro, de 08 às 10h, e segue no dia 05 de dezembro, das 19h às 21h, no Bloco C -Auditório II, no Univag.
"Para o Centro Universitário é de suma importância discutir este tema, visto que possui como objetivo, atender e possibilitar aos alunos com dislexia um atendimento humanizado de inclusão e formação adequada na graduação. Assim como parte das atividades do Programa de Acessibilidade do Univag, objetivamos através desta ação proporcionar aos educadores subsídios teóricos para sua prática, abordando causas, sintomas, conseqüências no desenvolvimento acadêmico, bem como abordar legislações e estratégias de mediação pedagógica junto aos discentes disléxicos”, ressaltou a assistente social do NAP, professora Josiane Gonçalves da Costa.
Segundo a coordenadora da Clínica Integrada do Univag, professora Mariana Souza dos Santos Marcondes, esta atividade é parte integrante do ciclo de capacitações realizado pela instituição.
"O principal objetivo é desenvolver ações que instrumentalizem seus docentes e coordenadores de cursos para um atendimento justo e de qualidade aos seus discentes, em especial aos alunos diagnosticados com transtorno de dislexia', afirmou.
Como forma de conceituar a dislexia, encontramos em diversas literaturas que ela tem como sua principal característica a dificuldade na aquisição da leitura e da escrita, sendo um dos transtornos de aprendizagem mais comentados, entretanto, menos conhecidos por grande parte dos educadores.
“A dislexia é caracterizada por dificuldades de reconhecimento de palavras, de soletração, decodificação, lentidão na leitura e na escrita, inversão de letras e números e problemas de memorização. O fracasso do desenvolvimento da leitura fluente (capacidade de ler um texto não somente com precisão, mas com rapidez e expressão adequada) também é uma característica do distúrbio que persiste na adolescência e idade adulta. Trata-se de uma condição hereditária, com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico”, diz trecho de um artigo da neuropsicóloga Márcia Lazzarotto Vizzotto.
O professor doutor Rauní Jandé Roama reforça que “se o disléxico não pode aprender do jeito que ensinamos, temos que ensinar do jeito que ele aprende".
Os Encontros Interdisciplinares e Olhares Acadêmicos para a Dislexia contam com o apoio da coordenação da Clínica Integrada do Univag, o Programa de Acessibilidade da instituição e com as parcerias da Associação Mato-Grossense de Dislexia e do professor doutor Rauní Jandé Roama Alves, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Autor: Patricia Xavier
Fonte: Assessoria Univag