De grande valia, mas pouco procurado, o teste da orelhinha em bebês recém-nascidos detecta precocemente possíveis perdas auditivas. O exame é simples e demora no máximo cinco minutos. A Clínica de Fonoaudiologia do Centro Universitário de Cuiabá (UNIVAG) realiza o exame gratuitamente e hospitais públicos de Cuiabá indicam a Clínica do UNIVAG para mães que ligam a procura do teste.
A reportagem ligou nos hospitais se passando por mães interessadas pelo exame. No Hospital Geral Universitário a atendente informou que o atendimento é feito por agendamento, no setor do Sistema Único de Saúde (SUS). Já no Hospital Universitário Julio Muller foi informado que os agendamentos acontecem todo último dia útil do mês para o mês posterior. “Chegue cedo porque às 5h da manhã inicia a distribuição de senha. Às vezes às 7h já não tem mais vagas”, disse a atendente que também aconselhou: “procura o Univag, lá eles fazem de graça o atendimento e é mais rápido, caso você tenha pressa”.
Na Clínica de Fonoaudiologia do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag) os testes são feitos gratuitamente a toda população. São realizados 80 exames mensalmente. “Nós fazemos o teste da orelhinha e garantimos o encaminhamento para a etapa do diagnóstico e tratamento quando necessário. Estamos na retaguarda acompanhando nosso paciente para garantir que o mesmo terá o diagnóstico e tratamento adequado”, informou a clínica.
De acordo com a Fonoaudióloga, doutora em Ciências da Reabilitação e professora do UNIVAG, Priscila Araújo Lucas Rodrigues, o teste deve ser feito nos primeiros dias de vida, para que caso haja detecção de problemas seja iniciado o tratamento. A falta de cuidados pode acarretar para o mau desenvolvimento da linguagem da criança. “O teste da orelhinha detecta precocemente perdas auditivas, que é um importante fator que leva ao atraso no desenvolvimento da linguagem da criança, portanto quanto antes descobrirmos se há algum problema auditivo, antes iniciaremos o tratamento (não é cura) para que possamos potencializar o desenvolvimento da comunicação da criança”, explicou.
Em hospitais e laboratórios particulares o valor que foi informado à reportagem foi ente R$ 150 e R$ 200 por teste. Essa é uma alternativa para as mães que preocupadas com a saúde do filho, buscam o teste com rapidez e que não sabem do exame no UNIVAG. A jornalista Danna Belle, mãe da pequena Catarina Augusta deu a luz em uma maternidade particular em Rondonópolis (distante 214 km de Cuiabá), ela contou que o teste foi oferecido com um acréscimo de R$ 120, no valor pago pelo parto. “Ela nasceu e fez o exame no outro dia. Paguei uma taxa extra que o hospital determinou para o exame. Não sabia que o UNIVAG fazia de graça”, disse.
O teste
O teste da orelhinha é um exame indolor e rápido. É colocada uma borrachinha conectada a um equipamento na orelha do recém-nascido e ele ouvirá um barulho bem baixo. O equipamento analisa a resposta do ouvido e detecta se o bebê passou ou falhou no teste.
“O bebê deve estar preferencialmente dormindo, porque ruídos atrapalham o teste. Portanto, a mãe deve trazer mamadeira (se não estiver amamentando no seio), fralda e demais pertences para cuidar do bebe e acalmá-lo”, disse a fonoaudióloga.
Tratamento
O tratamento inicia-se após confirmada a surdez e envolve uma equipe multidisciplinar composta por Otorrinolaringologista, Fonoaudiólogo, Psicólogo e também a adequação da parte educacional da criança.
“O exame é imprescindível para todos os bebês e deve ser realizado logo nos primeiros dias de vida. Os bebês diagnosticados até os seis meses de vida e com a intervenção fonoaudiológica terão a oportunidade de desenvolver uma linguagem muito próxima de uma criança ouvinte”, acrescentou a fonoaudióloga Taina Maiza Bilinski Nardez, também professora do Centro Universitário.
Informações: (65) 3688-6130.
Autor: Ana Sampaio
Fonte: Assessoria Univag